

RNTP Registro Nacional de Psicanalistas e Terapeutas
A Primeira Entrevista Clínica: O Que Observar, Anotar e Perguntar?

O texto aborda a importância da primeira entrevista clínica como momento inaugural do vínculo analítico, propondo uma escuta informada, sensível e não diretiva. Discute o que observar nos primeiros encontros, como anotar sem engessar o processo e quais perguntas podem favorecer a abertura do discurso do paciente. Analisa a função do analista diante de transferências iniciais, linguagem simbólica e organização psíquica do sujeito. Ressalta a dimensão clínica do silêncio, das reações afetivas e da postura do analista como continente simbólico. Indicado para profissionais em início de prática ou interessados em aprofundar sua escuta clínica desde os primeiros atendimentos.
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Substâncias psicodélicas no setting psicanalítico: uma análise cautelosa e promissora para o correto entendimento e acolhimento de pacientes
Autor: Homero Sálvia Mônaco Filho
Psicanalista formado, Graduado em Comunicação e Marketing, MBA em Gestão Empresarial, atualmente concluindo estudos em Psicanálise Infantil.
Resumo
Conforme aumenta o interesse nas substâncias psicodélicas, tanto no campo científico como na busca alternativa e/ou recreativa de pacientes, torna-se crucial que os psicanalistas adquiram conhecimentos sobre essas substâncias. É essencial que os psicanalistas possam entender melhor sobre esta realidade mais aprofundada já que ela se torna cada vez mais comum nos relatos de pacientes em consultório. A compilação dos principais estudos, testes, resultados e avanços sobre o potencial terapêutico dessas substâncias psicodélicas no tratamento de transtornos psicológicos, como por exemplo, no tratamento da depressão, da ansiedade, dos vícios, dos traumas e do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) torna-se uma forma de trazer aos psicanalistas tal entendimento. O artigo realiza uma análise abrangente, explorando o que são essas substâncias, seus efeitos, usos, benefícios e pontos negativos. O objetivo é auxiliar os terapeutas a compreender melhor o tema para melhor acolher pacientes que relatam as experiências com o seu uso ou que relatam estar em busca de usá-los de forma recreativa ou em tratamentos alternativos. A metodologia envolveu uma extensa revisão de artigos acadêmicos, relatórios de ensaios clínicos, estudos empíricos, livros, documentários e vídeos. Embora os resultados científicos ainda não sejam conclusivos, apontam como benéfico, claro que com ressalvas, o uso da maioria dessas substâncias psicodélicas em tratamentos psicoterapêuticos podendo representar um novo horizonte para os psicanalistas no entendimento e tratamento de transtornos psicológicos.
Palavras-chave: psicodélicos; psicoterapia psicodélica; substâncias psicodélicas; psicanálise; transtornos psicológicos
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Rupturas, Resistências e Desconfiança: Lidando com a Primeira Sessão de Pacientes Forçados a Fazer Terapia
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Quando o Silêncio É o Discurso: Como sustentar a escuta nos atendimentos em que o silêncio predomina?
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Freud e Melanie Klein: Diferenças Fundamentais na Visão do Inconsciente
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